P.A.M. – Património, Artes e Museus

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Monthly Archives: Junho 2016

Director do Museu da Presidência suspeito de desviar “bens culturais”

Via / MICAEL PEREIRA

Diogo Gaspar, director do Museu da Presidência, foi detido esta manhã pela Polícia Judiciária. De acordo com uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR), Diogo Gaspar será presente a um juiz de instrução criminal. Foram feitas buscas em vários locais, não só no próprio museu e na secretaria-geral da Presidência da República, em Lisboa, mas também em Portalegre, envolvendo oito magistrados e três dezenas de inspectores da PJ. O inquérito-crime, em que Diogo Gaspar é, para já, o único arguido, foi baptizado de Operação Cavaleiro.

A Polícia Judiciária, numa nota publicada no seu site oficial, diz que “foram apreendidos relevantes elementos probatórios, bem como diversos bens culturais e artísticos que, presumivelmente, terão sido descaminhados de instituições públicas”. O Expresso apurou que esta apreensão foi feito em casa de Diogo Gaspar.

Segundo um comunicado da PGR, o inquérito que levou à detenção do director do museu foi iniciado em Abril de 2015. “Investigam-se suspeitas de favorecimento de interesses de particulares e de empresas com vista à obtenção de vantagens económicas indevidas e suspeitas de solicitação de benefícios como contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decisores públicos”, explica o Ministério Público. “Investigam-se, igualmente, o uso de recursos do Estado para fins particulares, a apropriação de bens móveis públicos e a elaboração de documento, no contexto funcional, desconforme à realidade e que prejudicou os interesses patrimoniais públicos”.

Em causa estão indícios de terem sido praticados crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder.

Diogo Gaspar, de 44 anos, foi condecorado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Santiago, em 2014, pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva. Já antes, em 2006, tinha sido condecorado pelo Presidente Jorge Sampaio com o grau de Comendador da Ordem Nacional do Infante D. Henrique. Em Setembro de 2001 tornou-se coordenador do Museu da Presidência, tendo sido nomeado seu director em Outubro de 2004.

COMUNICADO NA ÍNTEGRA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

“Confirma-se que as autoridades judiciárias desencadearam hoje buscas nomeadamente no Museu e na Secretaria-geral da Presidência, devido a suspeitas de actividades ilícitas por parte de um funcionário do Museu. Os fatos na origem do inquérito são anteriores ao actual mandato presidencial. O aludido funcionário, que goza evidentemente da presunção de inocência, é responsável do Museu da Presidência desde 2001, tendo sido condecorado por dois anteriores Presidentes. O Museu é administrativamente uma direcção de serviços da Secretaria-geral.

O Presidente da República instruiu as Casas Civil e Militar e a Secretaria-geral para darem toda a colaboração possível às autoridades judiciais, em total transparência e abertura, e espera que a Justiça possa exercer rapidamente o seu papel. Mais instruiu o Conselho Administrativo e a Secretaria-geral para reforçarem as medidas, já em curso, de fiscalização, controle da despesa e luta contra actividades ilícitas, auditando sistematicamente a gestão orçamental.”

Ópera na Prisão

Via

Este espectáculo resulta da primeira fase do projeto PARTIS “Ópera na Prisão: Don Giovanni 1003, Leporello 2016”. O projecto iniciou-se em 2014 com uma troca de experiências musicais entre um grupo de reclusos da Prisão Escola de Leiria e uma equipa multidisciplinar de artistas, e termina no final de 2016 com o estabelecimento de pontes entre os reclusos e instituições artísticas das suas áreas de residência. Em 2015 realizou-se dentro da prisão um espectáculo de ópera que, inesperadamente para todos os envolvidos, sai agora para fora das grades.

 

Direção Artística
Paulo Lameiro

Quando

Qui, 30 Junho 2016
19:00 até 20:30

Onde

Sede – Grande Auditório
Av. de Berna, 45A, Lisboa
217 823 700
Google Maps »

Bilhetes

12€

Open House Lisboa 2016

Via

Em 2016, antecipamos a abertura das portas dos melhores espaços de Lisboa. Passamos do Outono para o Verão e, com isso, ganhamos dias mais luminosos e uma distribuição equilibrada da programação da Trienal de Lisboa ao longo do ano.

Assim, o Open House Lisboa passará a acontecer no primeiro fim-de-semana de Julho. A edição de 2016 terá lugar nos dias 2 e 3 de Julho.

Venha conhecer uma selecção da melhor arquitectura de Lisboa!

ORGANIZAÇÃO

A Trienal de Arquitectura de Lisboa é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é investigar, dinamizar e promover o pensamento e a prática em arquitectura. As edições que a cada três anos realizam um grande fórum de debate, reflexão e divulgação, são complementadas com uma actividade regular que inclui exposições, conferências e workshops, entre outros eventos.

Em co-produção com o Centro Cultural de Belém, realiza o ciclo Distância Crítica que apresenta 5 conferências de grandes nomes da arquitectura como Jacques Herzog (Herzog & De Meuron), Smiljan Radić, Kazuyo Sejima, entre outros.

Com sede no Campo de Santa Clara, tem desenvolvido a reabilitação do Palácio Sinel de Cordes que integra um pólo criativo com cinco residentes a par de uma programação de referência a nível nacional. Todos os anos, a Trienal promove o Open House Porto e o Open House Lisboa.

COMO FUNCIONA

O Open House é um evento internacional do qual fazem parte mais de 30 cidades em todo o mundo. Em 2012 a Trienal de Arquitectura de Lisboa implementou o conceito na capital de acordo com os seguintes objectivos e princípios base:

  • aproximar os cidadãos à arquitectura da cidade;
  • dar a conhecer espaços que habitualmente não estão abertos ao público;
  • organizar visitas gratuitas comentadas pelos autores ou especialistas convidados;

O sucesso da iniciativa prende-se com uma cuidadosa selecção dos edifícios que fazem parte do roteiro e por representar uma oportunidade única de dar a conhecer espaços icónicos da cidade, bem como as suas histórias e autores.

Durante o fim-de-semana do Open House Lisboa todos os espaços do roteiro são de acesso gratuito.

A maioria das visitas não exige reserva antecipada e é feita por ordem de chegada, com vista a facilitar a fluidez das entradas e permitir que um maior número de pessoas tenha acesso aos locais. Os casos excepcionais encontram-se devidamente assinalados no roteiro, com instruções de como proceder para fazer a reserva online da visita.

Seja a primeiro a conhecer o roteiro subscrevendo à nossa newsletter.

Existem três tipos de visita:

  • Visita Livre — visita ao espaço sem acompanhamento, dentro do horário estipulado;
  • Visita Acompanhada — visita ao espaço orientada pela equipa de voluntários Open House Lisboa;
  • Visita Comentada — visita ao espaço comentada pelo autor do projecto de arquitectura ou por um especialista convidado.

Para cada edição, contamos com uma entusiasta equipa de voluntários que acolhe os visitantes, fornece um olhar sobre o roteiro, dá sugestões ou faz recomendações adequadas a cada um.

#OPENHOUSELISBOA

Capture os momentos, ambientes e detalhes que mais despertaram a sua atenção e publique-os com o hashtag #openhouselisboa nas redes sociais.

Faça parte dos álbuns de memórias de cada edição. Contamos com uma participação crescente da comunidade OH Lisboa.

Site/Roteiros

Lazy Sessions regressam em Julho às Virtudes

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Durante o verão, as tardes de sábado no Porto voltam a ter muita música no magnífico cenário do Jardim das Virtudes.

Em 2016, as Jameson Lazy Sessions voltam a apresentar um conjunto de concertos e DJ sets com entrada livre livre. Este ano, o evento reinventou-se e convidou um curador diferente para cada uma das oito sessões programadas. Melómanos conhecidos, como Álvaro Costa, Adolfo Luxúria Canibal ou Paulo Furtado, escolheram assim as bandas e DJ que vão atuar nas Virtudes nos próximos três meses.

As Lazy Sessions estão integradas no programa municipal Verão é no Porto. Decorrem de 2 de julho até 3 de setembro, sempre entre as 15 e as 20 horas.

 

+Info: PROGRAMA

2 de julho

Curador: Álvaro Costa

Concertos: Corona e PZ

DJ: Álvaro Costa

 

9 de julho

Curador: Adolfo Luxúria Canibal

Concertos: Grandfather’s House e The White Knights

DJ: Adolfo Luxúria Canibal

 

16 de julho

Curador: Plano B

Concertos: Duquesa E Lasers

DJ: Phillips & Justamine + Pixel82

 

30 de julho

Curador: Salgado (Maus Hábitos)

Concertos: Birds Are Indie e Old Jerusalem

DJ: Bent

 

6 de agosto

Curador: Bezegol

Concertos: J-Ro + Afu-Ra

DJ: Rude Bwoy Sound + Slimcutz

 

13 de agosto

Curador: The Legendary Tigerman

Concertos: The Quartet of Woah! + Ghost Hunt

DJ: The Legendary Tigerman + A Boy Named Sue

 

27 de agosto

Curador: Lovers & Lollypops

Concertos: Glockenwise + Surma

DJ: Lovers & Lollypops Sound System

 

3 de setembro

Curador: Pedro Tenreiro Dinamyte Records

Concertos: Oliveira Trio + Nuno Riviera

DJ: Pedro Tenreiro

Fora do Padrão: Lembranças da Exposição de 1940

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Paulo Guedes

Ao longo de um ano, mais ou menos o tempo que levou a preparação da Exposição do Mundo Português inaugurada em 1940, uma equipa de antropólogas entrevistou mulheres e homens portugueses que na sua infância ou adolescência a visitaram.

Esta exposição constrói-se a partir das suas lembranças registadas em vídeo e materializadas em pequenos objectos e fotografias que evocam sentidos e emoções pessoais fora do padrão, fora do registo e memória institucional dos Arquivos oficiais, e para além do Padrão dos Descobrimentos e dos Monumentos que habitualmente balizam a memória de Belém e da nação. Pretende-se que a visita estimule outras lembranças e vistas do passado que a Memória tende a colocar à sombra dos Monumentos.

A equipa de investigação é do CRIA –  Centro em Rede de Investigação em Antropologia, coordenada por Maria Cardeira da Silva (CRIA / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas) e a concepção plástica é da responsabilidade do Pintor António Viana. De 25 de Junho a 30 de Outubro de 2016 no Padrão dos Descobrimentos, em Belém.

Desenha-me um Fado / Draw me a Fado

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Mais de 20 artistas trazem a sua interpretação pessoal e inovadora do Fado em 2016.

Charivari Lab, com o apoio do Museu do Fado e da EGEAC, inaugura a 25 de Junho a sua nova exposição Draw Me a Fado, depois de lançar um ambicioso desafio à comunidade de artistas contemporâneos.

O que representa o Fado em 2016? Como interpretam os artistas este género musical? Que emoções lhes suscita? Estas foram algumas das questões que nortearam aqueles que aceitaram o desafio, com o objectivo de trazer uma interpretação inovadora e pessoal do Fado.

“Tivemos uma resposta muito positiva à nossa chamada de artistas, e acabámos por seleccionar mais de duas dezenas de grande qualidade, de dentro e fora de Portugal, que sem dúvida trarão uma nova forma de representar visualmente o Fado”, garante Rémi Gewin, fundador do Charivari Lab. A exposição conta não só com obras digitais, área em que se especializa a galeria do Charivari Lab, mas também criações em formatos mais tradicionais, apelando ao gosto de todos.

A inauguração da exposição Draw Me a Fado acontece no sábado, dia 25 de Junho, e contará com um momento musical de fados interpretados por Catarina Anacleto no violoncelo e Helena Mendes no acordeão. Às duas melhores obras, escolhidas por júri, serão ainda oferecidos prémios monetários a ser entregues no dia 2 de Julho.

Esta será uma exposição para escutar por linhas e cores o Fado que se interpreta no contemporâneo.

Aqui estão os artistas que farão parte da exposição Draw Me a Fado:

Ana Malheiro

Bárbara Moura

Butcher Billy

Carla Pinheiro

Claudia la Perna

Diana Barbu

Diyana Nikolova

Elsa Neves

Filipe Gomes

Francisco Ortigão

Helder Peleja

Hugo Lucas

Joaquim Chitas 

Luis Toledo

Lurdes Fonseca

Maísa Champalimaud

Marzia Grossi

Olivier Bonhomme

Pedro Batista

Pedro Rego

Petar Toskovic

Ricardo Inácio

Sean Loose

Tânia Ferrão

Covilhã recupera janela manuelina

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Casa da Hera

Fragmentos de Cor. Azulejos do Museu de Lisboa

Via

Patente até 25 de Setembro de 2016
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
PALÁCIO PIMENTA

Elemento identitário de Lisboa, o azulejo é um verdadeiro cartão de visita de uma cidade que foi um importante centro de produção e consumo deste tipo de material cerâmico ao longo dos tempos.

O Museu de Lisboa dispõe de uma vasta colecção de azulejaria que, pelo número, variedade e qualidade dos exemplares, se afirma como uma das mais importantes do país, constituída, sobretudo, por azulejos provenientes  de edifícios demolidos ou remodelados, de  prédios em ruínas ou de intervenções arqueológicas.

Tendo por objectivo dar a conhecer tão importante acervo, a presente exposição, comissariada por José Meco, um dos mais reputados especialistas nesta área, procura mostrar alguns dos melhores exemplares da colecção do Museu de Lisboa numa perspectiva diacrónica, desde o século XVI até à actualidade, exibindo exemplares, tanto de interior como de exterior, representativos de diferentes estilos e funcionalidades.

Fonte inesgotável de criação e recriação, o azulejo continua a dar o mote, nos dias de hoje, para  manifestações artísticas diversificadas, como o design de moda e a arte urbana, assistindo-se também à sua reinvenção em painéis e fachadas, muitas vezes integrados em projectos de arquitectura.

Um vídeo realizado para a exposição permite mostrar várias expressões criativas, onde a cor, o brilho e a luz dos azulejos constituem um permanente foco de sedução.

O único museu português da aguarela fica já ali, em Minde

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Espaço dedicado ao pintor Roque Gameiro acolhe actividades todos os meses.

É um museu pequeno, mas é também o único dedicado em exclusivo à aguarela em Portugal. Baseia-se sobretudo no legado de um artista, mas é o artista que revolucionou o uso desta técnica no nosso país. Fica fora do distrito de Leiria, mas apenas a 40 minutos de Leiria. Falamos do Museu Roque Gameiro, em Minde, que tem o interesse extra de se encontrar alojado na Casa dos Açores, edifício do início do século XX desenhado pelo pintor em colaboração com o arquitecto (e amigo) Raul Lino.

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Campanha de Crowdfunding do Museu Nacional Ferroviário com objetivo superado

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O Museu Nacional Ferroviário superou o objectivo pretendido com a campanha de crowdfunding “A caminho do Museu: Vamos transportar o Drewry”, que encerrou a 24 de Junho.

Foram reunidos 5 050,00 Euros para transportar o último exemplar dos locotratores Drewry, de Guifões, no norte do País, para o Museu, no Entroncamento.

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